Afinal, quais são os diferentes tipos de tratamentos para o câncer?

Os diferentes tipos de tratamentos para câncer evoluíram muito nos últimos anos, oferecendo abordagens personalizadas e cada vez mais eficazes. Os métodos terapêuticos mais usados são a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e a imunoterapia. Continue para saber mais! 

O câncer é uma das doenças mais estudadas e desafiadoras da Medicina moderna. É também uma das mais temidas, tanto por profissionais da saúde quanto pelos pacientes. Caracterizado pelo crescimento descontrolado de células anormais, ele pode atingir praticamente qualquer parte do corpo e se comporta de maneiras muito distintas.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano, um número que tende a crescer devido ao envelhecimento da população e aos hábitos de vida atuais. 

No entanto, o avanço da ciência tem permitido diagnósticos mais precoces e tratamentos cada vez mais eficazes. Continue a leitura para entender como funciona o tratamento para câncer, quais são os principais tipos e em que situações cada um deles é indicado.

O que é o câncer e como ele se desenvolve?

O câncer é uma doença causada por mutações genéticas que fazem com que as células cresçam e se multipliquem de maneira desordenada. 

Essas células anormais podem formar tumores, invadir tecidos vizinhos e, em alguns casos, se espalhar para outras partes do corpo por meio da corrente sanguínea ou linfática, em um processo chamado metástase.

Mas é importante saber que nem todo câncer forma tumor. Alguns, como as leucemias, afetam diretamente o sangue e a medula óssea. No entanto, é mais comum que as “massas” se formem, seja de forma visível ou não.

Quais são os principais tipos de câncer?

Existem mais de 100 tipos diferentes de câncer, classificados de acordo com o órgão ou tecido afetado. Entre os mais comuns estão:

• câncer de mama, mais frequente em mulheres;
• câncer de próstata, predominante entre homens;
• câncer de pele não melanoma, o mais incidente no Brasil;
• câncer de pulmão, fortemente associado ao tabagismo; e,
• câncer colorretal, cuja incidência tem aumentado entre os mais jovens.

Como é feito o diagnóstico e o acompanhamento da doença?

O diagnóstico precoce faz toda a diferença para o sucesso do tratamento do câncer. Ele envolve exames de imagem, laboratoriais e, muitas vezes, biópsia, que confirma a presença de células cancerígenas. Mas, na prática, o processo até o diagnóstico depende muito do tipo da doença.

Depois disso, o Médico Oncologista determina o estágio da doença, que indica se o câncer está localizado ou se já se espalhou. Essa classificação é muito importante para definir o tipo e a intensidade do tratamento.

Ah, um detalhe: a especialidade responsável por esse cuidado é a Oncologia, área que estuda os tumores e os métodos de combate à doença. Pode ser que profissionais de outras áreas participem do tratamento, mas quem “dita as cartas” é o oncologista.

Quais são os principais tipos de tratamentos para câncer?

A escolha do tratamento depende de fatores como tipo de câncer, estágio, idade do paciente e condições clínicas gerais. Muitas vezes, o tratamento é combinado, ou seja, envolve duas ou mais abordagens. Por exemplo, radioterapia e quimioterapia.

Confira, a seguir, os principais tipos de tratamentos para câncer e entenda como cada um deles funciona.

Cirurgia oncológica

A cirurgia é um dos métodos mais antigos e eficazes no combate ao câncer. Seu objetivo é remover completamente o tumor e, se necessário, parte do tecido ao redor para evitar recidivas.

Ela é indicada, principalmente, quando o câncer está em estágio inicial e localizado. Em alguns casos, pode ser combinada com outros tratamentos, como quimioterapia ou radioterapia, para eliminar células residuais. Em outros, só ela já é o bastante. 

Quimioterapia

A quimioterapia utiliza medicamentos capazes de destruir células cancerígenas ou impedir que se multipliquem. Esses fármacos podem ser administrados por via oral, intravenosa ou intramuscular.

Embora eficaz, a quimioterapia também afeta células saudáveis, o que causa efeitos colaterais como fadiga, náusea e queda de cabelo (ainda que nem todo mundo sofra os mesmos efeitos adversos). 

Hoje, existem protocolos mais modernos e personalizados, que reduzem o impacto desses efeitos colaterais, além de ferramentas como as toucas de resfriamento.

Radioterapia

A radioterapia utiliza radiação ionizante para destruir ou danificar células tumorais. Costuma ser indicada para tumores localizados e pode ser aplicada antes da cirurgia (para reduzir o tamanho do tumor) ou após (para eliminar células remanescentes).

Com os avanços tecnológicos, a precisão da radioterapia aumentou, reduzindo os danos aos tecidos saudáveis ao redor. Mas, ainda assim, é possível vivenciar alguns tipos de efeitos. No tratamento do câncer de próstata, por exemplo, o paciente pode apresentar inflamações na bexiga ou no intestino. 

Imunoterapia

A imunoterapia é uma das grandes revoluções da oncologia moderna. Ela estimula o sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater as células cancerígenas.

Esse tipo de tratamento tem apresentado resultados promissores em tumores antes considerados de difícil controle, como o melanoma e o câncer de pulmão avançado.

Terapias-alvo e hormonais

As terapias-alvo atuam em mutações genéticas específicas das células tumorais, bloqueando seu crescimento. Já as terapias hormonais são usadas em cânceres que dependem de hormônios, como os de mama e próstata.

Esses tratamentos representam um avanço importante, pois atacam o câncer de maneira mais precisa e individualizada.

Transplante de medula óssea

Em casos de cânceres hematológicos, como leucemias e linfomas, o transplante de medula óssea pode ser uma alternativa curativa. O procedimento substitui células doentes por células saudáveis, restaurando a capacidade do organismo de produzir sangue normalmente.

O câncer pode voltar após o tratamento?

Mesmo após o tratamento bem-sucedido, o câncer pode recidivar, ou seja, voltar a se manifestar. Isso pode ocorrer devido à presença de células residuais que não foram completamente eliminadas. 

E esse é um problema! Afinal, as células são infinitamente pequenas e, muitas vezes, não são detectadas nos exames. Por isso, mesmo com todos os esforços, é possível que alguma delas escape. 

É aí que entram os tratamentos combinados, que visam diminuir as chances de alguma célula ter ficado livre por aí.

A boa notícia é que os tratamentos estão cada vez mais modernos e, a cada ano, novas pesquisas e tecnologias ampliam as possibilidades de tratamento. Sem contar que há maior atenção ao bem-estar do paciente, com abordagens que cuidam do corpo e da mente. 

A oncologia moderna busca tratar o paciente, não apenas a doença. Então, o melhor a fazer é confiar no processo e viver um dia de cada vez, seja na remissão ou durante as terapias.

FAQ — Perguntas frequentes sobre tratamentos para câncer

1. Quais são os principais tipos de tratamentos para o câncer?

Os principais tratamentos para câncer incluem: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapias-alvo e transplante de medula óssea.

2. Como funciona o tratamento para câncer?

Ele busca eliminar as células tumorais e impedir que o câncer volte, usando uma ou mais abordagens combinadas.

3. O câncer sempre forma tumores?

Não. Alguns tipos, como as leucemias, afetam o sangue e não formam massas sólidas.

4. É possível curar o câncer?

Sim, dependendo do tipo, estágio e resposta ao tratamento. Diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura.

5. O câncer pode voltar após o tratamento?

Pode, por isso o acompanhamento médico é essencial mesmo após a remissão.

Existem diferentes tipos de tratamentos para câncer. A escolha depende do tipo de tumor, estágio e perfil do paciente. Com diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo, as chances de recuperação são muito maiores. 

O suporte de um profissional da área de saúde, combinado com apoio psicológico, faz toda a diferença na jornada de tratamento e recuperação.

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