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5 mitos e verdades sobre suplementação infantil

Guia claro sobre suplementação infantil: quando indicar, mitos e verdades, riscos do excesso e cuidados com vitamina D, ferro, B12 e ômega-3.

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5/11/2025

5 mitos e verdades sobre suplementação infantil

ocê provavelmente já viu propagandas de suplementos para crianças por aí, certo? Elas são bem comuns e estão por todo lugar. Mas será que esse tipo de medicamento é realmente necessário para os pequenos? E, se sim, em quais ocasiões eles são indicados?

Tem dúvidas sobre o assunto? Então, este post é para você! Se você faz alguma faculdade na área da saúde ou é responsável por uma criança, não feche a página.

A seguir, vamos entender exatamente como funciona a suplementação infantil e quais são as recomendações envolvidas no assunto. Continue a leitura para saber mais!

Primeiramente, o que é a suplementação?

Suplementação é o termo que está associado ao ato de "dar algo a mais" para o corpo.

Ou seja: aqui, não é sobre substituir, mas sim sobre complementar a nutrição das pessoas. Por isso, a maioria dos nutrientes ainda deve ser obtida por meio uma dieta bem diversa, colorida e saudável.

Quais são as necessidades nutricionais de bebês e crianças?

Agora que você já sabe o que é suplementação, fica mais fácil entender que o objetivo é oferecer mais nutrientes àquelas crianças que não estão suficientemente nutridas.

Não se esqueça da palavra-chave: complementação.

Isso é bem importante em uma fase da vida como a infância, em que o corpinho dos pequenos está passando por uma série de mudanças todos os dias. É como diz a música, né? Comer é o melhor para poder crescer!

Mas quais são as necessidades, afinal? Confira a seguir!

Primeiro semestre de vida

Nos primeiros seis meses de vida, o leite materno é o alimento mais completo para o bebê. Ele oferece tudo o que ele precisa! Por isso, temos campanhas como o Agosto Dourado, que mostram como é importante alimentar os recém-nascidos apenas com o aleitamento.

Em boa parte dos casos, aqui, não há qualquer necessidade de suplementação. No entanto, cada caso é único, assim como cada paciente também é.

Depois do primeiro semestre

Após a introdução alimentar, por volta dos seis meses, a criança passa a necessitar de uma variedade maior de alimentos. Muitas vezes, ela ainda é amamentada, mas mesmo assim é hora de diminuir o leite materno e caprichar na dieta dos pequenos.

No entanto, seletividades ou até mesmo a introdução inadequada de alimentos pode fazer com que esses ajustes sejam importantes.

Na infância

Na infância, a dieta é ainda mais relevante. Afinal, aqui, não há mais o suporte do leite materno. E, nessa fase, há muitas mudanças acontecendo, o que justifica a necessidade de bastante nutrientes.

É nesse contexto que muitas famílias pensam nos suplementos, mas nem sempre eles são a melhor opção, mesmo em caso de seletividade alimentar. Afinal, há outras estratégias que podem (e devem) ser utilizadas nesses casos para driblar o problema.

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Quais são os mitos e verdades sobre suplementação infantil?

Diante de tudo isso, fica a dúvida: afinal, será que toda criança precisa tomar vitaminas? Os suplementos realmente ajudam a crescer mais rápido?

Para esclarecer, vamos desmistificar algumas das principais crenças sobre a suplementação infantil. Continue a leitura e vamos lá.

1. Todo bebê precisa de suplemento de vitamina D?

Será mesmo? A resposta é 'depende'. Não há dúvidas de que a vitamina D é bem importante, já que ela age diretamente no desenvolvimento dos ossos e no fortalecimento do sistema imunológico.

Por conta disso, a suplementação pode sim ser recomendada, mesmo para as crianças que mamam no peito. Isso acontece porque o leite materno, apesar de ser riquíssimo em nutrientes, não possui as quantidades necessárias dessa vitamina.

Mas atenção: a indicação não deve ser automática para todos os casos. O ideal é sempre conversar com o pediatra, que vai avaliar a necessidade individual de cada bebê, sempre com base no estilo de vida daquele paciente.

E, cuidado: a vitamina D, em excesso, pode ser perigosa. Atenção redobrada, hein?

2. Crianças que se alimentam bem não precisam de suplementos?

Verdade! Mas, calma. Uma alimentação equilibrada é, sim, capaz de fornecer todos os nutrientes que a criança precisa para crescer com saúde. Quando o prato é colorido, , dificilmente há necessidade de suplementação extra.

Mas, é claro, os suplementos entram em cena apenas quando existe uma deficiência comprovada em exames ou quando há recomendação médica. Por exemplo, uma criança pode sofrer de algum problema de absorção. Por isso, nada de oferecer vitaminas por conta própria: na maioria dos casos, a comida já dá conta do recado.

3. Suplementos para bebês ajudam a crescer mais rápido?

Mito! E um dos mais comuns, hein? Não é só uma coisa que define o quanto uma criança vai crescer, tampouco a velocidade em que isso vai acontecer. Na verdade, tudo isso depende de uma combinação de fatores genéticos, hormonais, ambientais e nutricionais.

Portanto, não existe um suplemento que “faça a criança crescer” além do que o corpo dela já tem como potencial natural. O que realmente faz diferença é garantir uma rotina saudável. Aí, deixa o tempo agir!

4. O excesso de suplementos pode ser prejudicial?

É verdade! Nada em excesso é bom. E, assim como a falta de nutrientes pode trazer riscos, o excesso também é perigoso.

Pouca gente sabe, mas o consumo excessivo de algumas vitaminas (principalmente A, D, E e K) pode causar intoxicações, sobrecarregar fígado e rins e até comprometer a saúde da criança a longo prazo.

É por isso que a suplementação sem orientação médica deve ser evitada. Só o pediatra (ou outro especialista médico) pode definir se há necessidade e em qual dose!

5. Todo suplemento é seguro porque é vendido em farmácias?

Mito! Nem sempre um produto disponível na prateleira da farmácia significa que ele é totalmente seguro ou indicado para todas as crianças.

Assim como acontece com suplementos para adultos e até mesmo para atletas de alta performance, também existem produtos infantis que nem sempre fazem sentido ou efeito.

Quais são os suplementos mais comuns em pediatria?

Alguns suplementos podem ser recomendados em situações específicas:

  • vitamina D, que é indicada para bebês desde cedo, conforme orientação médica;
  • ferro, que pode ser recomendado para prevenir anemia ferropriva, comum em crianças pequenas;
  • vitamina B12, uma vitamina muito importante para as dietas vegetarianas ou veganas e até mesmo para algumas crianças que consomem carne, entre outros.

Porém, cada caso deve ser individualizado. Como já falamos, o pediatra é o profissional indicado solicitar exames antes de iniciar qualquer suplementação. Afinal, é preciso ver exatamente o que está em falta e como suprir essa carência.

Quando evitar a suplementação infantil?

Existem situações em que a suplementação não é apenas desnecessária, mas também pode ser prejudicial:

  • uso indiscriminado, sem avaliação médica;
  • oferta de suplementos para substituir refeições;
  • indicação baseada apenas em modismos ou propagandas.

A base da saúde da criança deve ser sempre uma alimentação equilibrada, com variedade de alimentos e rotina adequada. Os comprimidos nunca devem substituir um bom prato de comida, exceto em casos muito especiais, como a seletividade alimentar grave (que pode ser causada, por exemplo, pelo autismo).

Como você viu, a suplementação infantil pode ser uma aliada em determinadas situações, mas não deve ser encarada como regra geral. Isso porque cada criança tem necessidades específicas, que devem ser avaliadas individualmente por um pediatra. Fique de olho!

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