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Novo aliado: como a IA está redefinindo os diagnósticos clínicos

Descubra como a Inteligência Artificial traz mais agilidade, precisão e um novo modelo de colaboração entre tecnologia e medicina.

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22/12/2025

Novo aliado: como a IA está redefinindo os diagnósticos clínicos

A Inteligência Artificial (IA) está se infiltrando pela Medicina de forma crescente, prometendo uma transformação de magnitude similar à do raio-X ou da ressonância magnética. No coração dessa mudança está o processo diagnóstico, alvo crucial para o apoio à decisão clínica. Afinal, diagnósticos incorretos ou tardios impactam diretamente a eficácia do cuidado, as chances de cura e a qualidade de vida dos pacientes.

Algoritmos baseados em técnicas poderosas, como a machine learning (ML) e o deep learning (DL), têm sido projetados para obter insights de dados clínicos. Seu objetivo é auxiliar na resolução rápida e precisa de problemas diagnósticos e nas decisões de tratamento.

Será que estamos vivendo a alvorada de uma Medicina aumentada? Veja o que os números atuais mostram a seguir!

Rapidez, eficiência e precisão diagnóstica

A principal contribuição da IA está no aumento da eficiência do trabalho médico. Estudos mostram que a tecnologia pode reduzir o tempo de diagnóstico em mais de 90% em tarefas como detecção de lesões e análise de metástases ósseas.

Em radiologia, por exemplo, o tempo para diagnosticar lesões mamárias em mamografias com contraste foi reduzido em 99,67%. Na patologia, a identificação de lesões de câncer gástrico teve uma redução de tempo de 99,43%.

Além da velocidade, a IA aumenta a precisão. Ela usa o reconhecimento de padrões para identificar anormalidades sutis que os humanos podem não detectar. Em especialidades como hematologia e cardiologia, a IA padroniza o diagnóstico, fornecendo resultados consistentes e reproduzíveis, menos suscetíveis à experiência individual do clínico.

Em resumo, as ferramentas de IA fornecem:

  • Dados anotados;
  • Modelos preditivos;
  • Resultados pré-processados.

IA como primeiro leitor, médico como decisor final

Na prática, a introdução da IA não substitui o médico, mas redefine seu fluxo de trabalho para um modelo colaborativo. No cenário de AVC, por exemplo, a jornada diagnóstica agora pode começar com a IA produzindo uma recomendação a partir de imagens, que é vista simultaneamente por toda a equipe.

Esse "diagnóstico" algorítmico está disponível nas fases iniciais do processo. A partir daí, a tarefa do médico é verificar a validade do "julgamento" inicial da IA contra seus próprios achados clínicos e ferramentas de imagem convencionais.

Os clínicos especialistas estão adaptando processo diagnóstico tradicional com a IA e não substituindo-o. Trata-se de um trabalho em sentido inverso, avaliando a validade do diagnóstico “pronto” em múltiplas etapas. Isso inclui cruzar informações com prontuários, validar contra padrões médicos estabelecidos e consultar a opinião de outros especialistas.

Especialidades Médicas de A a Z

Limites éticos e práticos da Inteligência Artificial

Apesar do potencial, a integração da IA na prática real apresenta desafios que exigem pesquisa urgente. Existe um "abismo da IA" entre seu desenvolvimento e o entendimento de seu impacto real nos processos diagnósticos.

Embora os sistemas de IA tenham bom desempenho em comparação com os clínicos em estudos iniciais, esses achados ainda precisam de verificação completa em condições reais. Ganhos potenciais de velocidade também devem ser verificados frente à necessidade de novas práticas de verificação que, paradoxalmente, podem desacelerar o processo.

Outro problema é que o uso excessivo de IA pode reduzir a subjetividade, mas também adicionar novas fontes de viés. Em dois estudos –  um para diagnosticar aneurismas intracranianos e outro pneumonia por COVID-19 – a IA demonstrou um nível de especificação mais baixa do que na avaliação clínica.  

Além disso, questões de privacidade no tráfego de imagens, consentimento do paciente e como lidar com erros algorítmicos em meio à "opacidade" do sistema também são pontos críticos. Na prática, a padronização de protocolos e diretrizes regulatórias ainda é uma lacuna.

Preparando-se para uma carreira em diálogo com a IA

A IA representa uma mudança transformadora. Para os futuros profissionais de saúde, isso significa que sua formação e prática serão profundamente moldadas por essa colaboração.

A expertise clínica evoluirá. Médicos precisarão desenvolver a capacidade de avaliar criticamente e, quando necessário, rejeitar a opinião da IA, evitando o "viés de automação". Novas funções podem surgir, focadas em monitorar a aplicação clínica da IA ao longo do tempo.

A promessa é um sistema de saúde onde a IA lida com tarefas repetitivas e de alta carga de dados, enquanto o profissional humano se concentra na síntese complexa, no julgamento contextual e no cuidado direto ao paciente. A chave para colher os benefícios plenos da IA será a integração harmoniosa entre a tecnologia e a intuição, ética e experiência clínica humanas.

E nada melhor do que iniciar essa imersão tecnológica ainda na graduação. Alunos dos cursos de Medicina da Afya têm acesso ao Whitebook – uma ferramenta com informações sobre mais de 2.200 medicamentos e mais de 1.700 prescrições detalhadas, totalmente integrada à IA.  

Basicamente, durante todo o seu ciclo de Internato, você vai ter tempo de sobra para pensar sobre cada caso e tomar a decisão mais assertiva, pois terá esse aliado ao seu lado para te ajudar. Já imaginou?

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