Condromalácia patelar: o que é, o que causa, como prevenir e tratar

Você foi ao médico recentemente e recebeu um diagnóstico de condromalácia patelar? Alguém que você conhece foi diagnosticado com o problema? Calma, estamos aqui para ajudar!
E então? O que isso significa?
Essa condição, que também é conhecida como condropatia patelar, é um problema associado à alterações nas cartilagens do joelho, que é chamado "cientificamente" de patela. É um problema que pode ter origem genética ou ser adquirido, como você verá mais à frente.
Por isso, vamos lá! Se você é um estudante de Medicina ou simplesmente quer saber mais sobre a condição, a hora é agora. Continue com a gente para tirar as suas dúvidas sobre o tema e entender como manter a saúde dos joelhos em dia!
O que é a condromalácia?
Como mencionamos no começo do bate-papo, a condromalácia é uma alteração que ocorre na cartilagem da patela. Esse osso, popularmente chamado de “rótula”, fica na parte da frente do joelho.
A cartilagem é uma estrutura que serve para proteger os ossos de impactos. Por isso, na condromalácia, é possível observar alterações nessa área. Essas alterações prejudicam a habilidade que ela tem de "amortecer" impactos.
Sendo assim, quando ela é danificada, os movimentos passam a gerar dor, estalos e desconforto. E, consequentemente, uma limitação na prática de atividades como agachar, praticar esportes, etc..
Quais são as principais causas da condromalácia patelar?
Certo, já entendemos o que é a condromalácia. Mas e como ela é causada? Para que você possa entender mais sobre o tema, separamos algumas possíveis razões para ocorrência do problema.
Vamos lá?
Desalinhamento da patela
Um dos fatores mais comuns é o desalinhamento da patela. Quando ela não desliza do jeito sobre o fêmur durante os movimentos, a cartilagem sofre atrito e desgaste.
Esse desalinhamento pode estar relacionado tanto a características anatômicas (lembra que falamos que pode ter uma origem genética?) quanto a desequilíbrios musculares, ou seja, uma falta de fortalecimento ali na região.
Fraqueza muscular
E por falar em músculos, esse é outro problema! A musculatura da coxa, em especial o quadríceps, é essencial para manter o joelho estável. Quando esses músculos estão enfraquecidos, a patela perde parte do suporte, aumentando o risco de sobrecarga na cartilagem.
É por isso que o seu professor da academia pede pra você não pular nenhum exercício e, de jeito nenhum, esquecer o "leg day". Todo o nosso corpo precisa ser fortalecido por igual, a fim de evitar esses desequilíbrios que podem gerar sobrecarga em alguma outra área.
Atividades de impacto repetitivas
Também já falamos sobre isso, mas vale a pena ressaltar! Os esportes que envolvem corrida intensa, saltos ou mudanças bruscas de direção podem gerar microtraumas repetitivos no joelho.
Assim, com o passar do tempo, essa sobrecarga favorece o aparecimento da condromalácia. Por conta disso, é natural que os atletas e praticantes de atividades físicas de alto impacto estão, portanto, em maior risco.
Lesões anteriores
Se você tem histórico de quedas, torções ou traumas diretos na região do joelho, fique de olho: esse também é um fator importante. Essas lesões podem alterar algo conhecido como a biomecânica da articulação e, por consequência, comprometer a qualidade da cartilagem.
Predisposição anatômica
Por fim, algumas pessoas apresentam características em sua anatomia que aumentam naturalmente a chance de desenvolver a condição. Um exemplo é o joelho valgo (popularmente conhecido como “em X”), que modifica o alinhamento e gera sobrecarga extra na patela.


Quais são os sintomas mais comuns?
Nem todas as pessoas vão ter os mesmos sintomas para esse problema. No entanto, alguns sinais que podem aparecer são:
- dor na parte da frente do joelho, principalmente ao subir ou descer escadas;
- estalos ou rangidos durante o movimento;
- sensação de que o joelho vai “falhar”;
- desconforto ao permanecer muito tempo sentado;
- inchaço leve na região.
Esses sintomas estão diretamente relacionados às doenças articulares. Por isso, é importante fazer alguns exames para entender se é realmente condromalácia ou se os sintomas têm alguma origem diferente.
Quais são os fatores de risco?
Alguns grupos têm maior predisposição para desenvolver condromalácia. Entre eles:
- mulheres jovens, devido a características anatômicas e hormonais;
- pessoas com sobrepeso, que sobrecarregam a articulação;
- atletas de esportes de alto impacto;
- indivíduos com histórico familiar de problemas articulares.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da condromalácia patelar deve ser feito com exames de imagem. O mais comum é o raio-X, e ele, sem dúvidas, pode ajudar bastante.
No entanto, em alguns casos, pode ser necessário fazer exames ainda mais específicos, como a tomografia ou a ressonância magnética. Eles trazem mais detalhes sobre as estruturas e podem ajudar na diferenciação entre outras condições.
Esse detalhamento todo é bem importante para a definição do tratamento ideal para cada pessoa. E é sobre isso que falaremos a seguir!
Afinal, quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento da condromalácia varia conforme o grau da lesão. Gostaria de conhecer os principais? Confira a seguir!
Fisioterapia
Como você viu, o fortalecimento muscular é a principal estratégia para estabilizar o joelho e reduzir a dor. E, aqui, os exercícios que reforçam quadríceps, glúteos e core são fundamentais.
Mudanças no estilo de vida
Outra dica bem importante é investir na redução de atividades de impacto e optar por práticas de baixo impacto, como natação e bicicleta. A ideia é reduzir a sobrecarga imposta sobre a cartilagem afetada.
Uso de medicamentos
Além de tudo isso, o uso de anti-inflamatórios e analgésicos podem ser prescritos em fases de dor intensa.
Procedimentos cirúrgicos
A realização de cirurgias também pode ser uma opção. Mas, calma: isso é, na maioria das vezes, indicado apenas para os casos mais graves de condromalácia. Na maior parte das vezes, os passos acima já são o bastante para tratar a condição.
Como prevenir a condromalácia?
Nem sempre dá para eliminar completamente o risco. Mas, claro, algumas estratégias ajudam sim na prevenção. Elas incluem:
- fortaleça a musculatura, incluindo as que não fazem parte do joelho (como dos glúteos e das pernas, que ajudam na estabilidade);
- mantenha o peso adequado, pois o sobrepeso sobrecarrega a articulação;
- evite excesso de impacto e alterne exercícios de alto impacto com atividades mais leves;
- alongue-se regularmente, já que os músculos encurtados podem favorecer o desalinhamento da patela;
- busque orientação profissional, porque um profissional de Educação Física pode ajudar a montar treinos adequados.
Já deu para perceber que a condromalácia patelar é uma condição bastante comum, mas que pode trazer desconforto e limitações importantes. Por isso, conhecer suas causas, sintomas e formas de tratamento é o primeiro passo para prevenir e lidar com a doença.
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