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Leucemia e especialidades requeridas ao tratar a doença

Existem mais de 12 tipos de leucemia, mas quatro formas primárias se destacam e exigem muito de hematologistas e oncologistas. Saiba mais!

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14/2/2022

Leucemia e especialidades requeridas ao tratar a doença

Segundo a American Cancer Society, recebe o nome de leucemia o câncer que tem início nas células formadoras de sangue, presentes na medula óssea. Isso ocorre quando o amadurecimento da célula se dá de maneira inesperada e ela passa a se multiplicar em velocidade fora do normal, fazendo com que células saudáveis passem a existir em quantidade menor na medula e células anormais ocupem a corrente sanguínea, provocando também o consequente aumento de glóbulos brancos. 

Embora o surgimento da leucemia se dê de maneira mais ou menos semelhante, é importante saber que existem diferentes tipos da doença. Eles se dividem entre a forma aguda ou crônica e, ainda, mieloide ou linfocítica. Veja mais a seguir.

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Tipos de leucemia e a importância de diferenciá-los no diagnóstico

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) destaca que existem mais de 12 tipos de leucemia, mas quatro formas primárias são as mais importantes. São elas:

  • Leucemia mieloide aguda (LMA) – Afeta as células mieloides e tem avanço rápido. Pode atingir adultos e crianças, mas é mais incidente em pessoas mais velhas.
  • Leucemia mieloide crônica (LMC) – Afeta também as células mieloides, mas se desenvolve de maneira mais lenta em princípio. Atinge principalmente adultos.
  • Leucemia linfocítica aguda (ou linfoblástica) (LLA) – Afeta as células linfoides e tem agravo rápido. É mais comum em crianças pequenas, mas pode acometer adultos.
  • Leucemia linfocítica crónica (CLL) – Afeta as células linfoides e progride de modo lento. Em geral, os pacientes com a doença têm idade superior a 55 anos.

O tratamento da leucemia costuma ser complexo e envolve uma série de fatores que vão desde resposta imunológica até fatores ambientais e sociais do indivíduo. Portanto, ter o diagnóstico preciso do tipo de leucemia é essencial para abordagem mais assertiva.

Além disso, a American Cancer Society ressalta que, como nos casos de leucemias agudas as células imaturas da medula óssea se reproduzem e se acumulam rapidamente, sem tratamento, o paciente viveria por apenas alguns meses.

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Diagnóstico precoce e assertivo no combate a leucemia

Dados do INCA indicam que para cada ano do triênio 2020-2022 mais de 10 mil novos casos de leucemia serão diagnosticados apenas no Brasil, sendo a maioria deles em homens. Em razão disso, orientar os pacientes que estejam em consultas eletivas sobre sinais como anemia, cansaço, fadiga, queda na imunidade, queda de cabelo, manchas roxas, infecções e febre é especialmente importante.

Do ponto de vista médico, é necessário manter-se alerta e investigar ocorrência de sangramentos espontâneos, além de avaliar exames como o de contagem de plaquetas. A solicitação de exames laboratoriais é fundamental para fechamento do diagnóstico e deve incluir exames de bioquímica, coagulação, mielograma, imunofenotipagem e cariótipo.

Para isso, o especialista em hematologia terá papel fundamental na leitura de tais exames. É a partir das respostas obtidas dentro dessa especialidade que se espera, em um futuro próximo, produzir medicações para o combate à leucemia que agridam menos as células normais e sejam focados exclusivamente nas células malignas.

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Tratamento da leucemia: um para cada paciente

Ter conhecimento do quadro exato de cada paciente é fundamental, uma vez que a abordagem deve ser personalizada para que apresente resultados. Sendo assim, o plano de tratamento deverá considerar fatores como:

  • Tipo específico de câncer no sangue
  • Estadiamento da doença
  • Idade e condições gerais
  • Presença de outras doenças
  • Tolerância a quimioterapias
  • Complicações do próprio tratamento

Hematologia oncológica: qual a relevância dessa especialização?

De modo geral, o hematologista é o especialista apto a tratar doenças do câncer. Anemias, coagulopatias hereditárias, doença falciforme, hemofilia, talassemia e trombose fazem parte da lista.

O tratamento de doenças malignas, no entanto, como o câncer, implica outros desafios, inclusive o de personalização do tratamento, conforme citado neste artigo. Sendo assim, o hematologista oncologista passou a dedicar-se com mais profundidade a esse tipo de tratamento, recebendo inclusive treinamentos mais específicos sobre sistema sanguíneo, sistema linfático, medula óssea e câncer. Além da leucemia, portanto, esses especialistas estão aptos a tratar linfomas e mielomas múltiplos. 

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